A química dos fogos de artifício

Quem não se lembra das festas de final de ano, onde o ponto máximo é a queima dos fogos de artifício a meia-noite do dia 31 de dezembro?

Ou ainda a beleza dos fogos nas aberturas e fechamento dos grandes eventos esportivos, como a Copa do Mundo ou as Olimpíadas?

E a beleza dos fogos antes da entrada da sua Escola de Samba preferida no carnaval?

Parece mágica! Como eles conseguem combinar as cores? E os desenhos e efeitos? De onde vem? A resposta é simples: vem da química.

Continue lendo este post e conheça o curioso mundo químico que tanta beleza traz a nossos olhos!

A descoberta do fogo

O fogo sempre encantou o homem e foi no período paleolítico que os homens da caverna começaram a usá-lo em proveito próprio.

Na época não sabiam produzi-lo, então pegavam o fogo dos raios que caíam, e queimavam as árvores, e o utilizavam para aquecer seus ambientes e para protegerem-se das feras.

Nesta época, existiam os guardiões do fogo que eram homens responsáveis em manter a fogueira queimando sempre. Eles descobriram que utilizar madeiras e folhas era um excelente meio de manter a fogueira acesa.

Pela observação, descobriram que podiam gerar o fogo a partir do atrito de pedras e paus, e não dependiam mais de raios e trovoadas para terem luz e calor.

E a partir daí, descobriram que as comidas ficam muito mais macias e saborosas se cozidas ou assadas e surgiu a cozinha.

Qual a ligação com os fogos de artifício?

O homem, que sempre gostou dos espetáculos, quando descobriu o fogo, se encantou com o som produzido por produtos em contato com esse.

Isto há milhares de anos antes de Cristo.

Mais tarde, descobriu que além do som, podia também se alegrar com a beleza que os fogos faziam quando lançados a noite.

E este costume se perpetuou até os nossos dias, onde empresas especializadas preparam espetáculos pirotécnicos de tirar o fôlego.

Mas, como isto acontece? O que motiva a explosão?

Tudo se inicia no átomo, que é a partícula formadora da matéria.

Em volta do núcleo do átomo estão os elétrons, que em alguns momentos podem estar próximos do núcleo e em outros afastados, mas sempre em movimento.

A excitação destes átomos e a movimentação dos elétrons são os responsáveis pela emissão de energia que lançam no ar as cores do espetáculo.

O foguete de artifício, em sua composição, é formado por uma carga explosiva, chamada de pólvora negra, que é a responsável em disparar o material para o alto.

Este material, por sua vez, chamado de bomba, é formado por diversos pacotinhos de sais de diferentes elementos.

É a química em ação.

Os elementos da carga explosiva e da bomba

A pólvora negra normalmente é composta por uma mistura de salitre (nitrato de potássio), enxofre e carvão, mas que também pode ser substituída pelo percolatro de potássio.

Já a bomba, depende das cores que desejamos ver brilhando no céu.

Misturado à pólvora, os sais de diferentes metais recebem ainda elementos químicos apropriados para as diferentes cores.

Vamos listar os principais e as respectivas cores produzidas:

  • Bário e Cobre – verde;
  • Cálcio – laranja;
  • Sódio – amarelo;
  • Estrôncio – vermelho;
  • Zinco – branco azulado;
  • Alumínio, titânio ou magnésio – prateado;
  • Mistura de estrôncio com cobre ou potássio – violeta;
  • Mistura de ferro e carbono – dourado.

Quando a pólvora explode, os elétrons se excitam e se movimentam, gerando energia que é jogada no ar com as cores dos elementos químicos que estão na bomba.

Daí, então, a maravilha explosão de alegria e emoção para comemorar e envolver a todos.

Agora que você já sabe o trabalho e a quantidade de produtos envolvidos num show pirotécnico, pode gostar também de conhecer outras curiosidades do mundo da química, aqui no nosso blog!

(Imagens: divulgação)